O senador Eduardo Girão (Novo) anunciou, nesta quarta-feira (5), que é pré-candidato ao Governo do Ceará. O político, que milita pelo fim da reeleição no Brasil, irá encerrar o mandato no Senado Federal e planeja ser o sucessor do governador Elmano de Freitas (PT). O agora pré-candidato defendeu ainda uma frente oposicionista no Estado, integrando nomes do União Brasil, do PL e do PSDB.
“Coloquei meu nome à disposição tendo em vista que sou contra o instrumento da reeleição por princípio, e grande parte de minha vida é de experiência na área de gestão, exatamente o que o Estado do Ceará precisa”, disse.
Ao Diário do Nordeste, Girão contou que já conversou sobre sua futura candidatura com deputados, vereadores e lideranças partidárias. “Vamos continuar buscando a união da oposição junto ao PL, União Brasil, PSDB e Novo. Todos têm excelentes quadros para os mandatos a serem disputados em 2026”, acrescentou.
Caso oficialize a candidatura em 2026, será a terceira aparição de Eduardo Girão nas urnas. Além do pleito para o Senado, em 2018, ele também disputou a Prefeitura de Fortaleza no ano passado.
À época, o candidato do Novo ficou em quinto lugar, totalizando 14,8 mil votos, o equivalente a cerca de 1% dos votantes.
A pré-candidatura de Girão é mais um dilema enfrentado pela oposição, que tenta montar uma ampla aliança, mas acumula resistências internas.
O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o ex-deputado federal Capitão Wagner (União) têm encabeçado a missão de unificar os grupos oposicionistas, contudo, o deputado federal André Fernandes (PL) demonstrou pouca disposição em flexibilizar o espaço do PL em 2026. Em 18 de fevereiro, durante entrevista ao colunista e editor do PontoPoder, Wagner Mendes, o político defendeu que o PL lidere uma chapa para o Governo do Ceará e para o Senado Federal.
Ao longo do mês de fevereiro, Roberto Cláudio e Capitão Wagner chegaram a marcar encontros com deputados estaduais, mas, sem a adesão do parlamentar do PL, as reuniões perderam engajamento. Agora, foi a vez de Girão lançar seu nome como cabeça de chapa.
Questionado sobre a possibilidade de união entre as diversas alas oposicionistas, o senador reforçou a intenção de “compor a chapa como candidato a governador (...), mas essa candidatura precisa ser construída dentro do grupo, ninguém faz política sozinho”, concluiu.