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A praticidade, velocidade e gratuidade das operações fizeram com que o Pix rapidamente ganhasse espaço entre consumidores e empresas. No entanto, com essa popularização também veio um efeito colateral preocupante: o aumento expressivo das fraudes.
Segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), as notificações de fraudes no Pix superaram a média de 390 mil por mês em 2024.
Em janeiro de 2025, o último mês com informações disponíveis, foram registradas 324.752 notificações de fraude, todas aceitas pelas instituições participantes do arranjo.
Esse número, embora represente uma fração pequena do total de transações — apenas 0,007% das operações mensais desde abril de 2023 —, é significativo devido ao volume absoluto de operações.
Só em janeiro de 2025, por exemplo, foram realizadas 5,682 bilhões de transações via Pix. Em outras palavras, mesmo um índice percentual aparentemente pequeno representa milhares de pessoas impactadas todos os meses.
Diversos tipos de fraudes têm sido praticadas utilizando o Pix como ferramenta. A seguir, listamos os mais recorrentes:
Criminosos entram em contato com a vítima se passando por representantes de instituições financeiras, amigos ou parentes. Usam táticas de urgência ou medo para induzir a vítima a realizar transferências imediatas.
O fraudador simula ser um atendente de banco, geralmente ligando para a vítima e dizendo que há um problema na conta. Solicita que a pessoa realize uma transação de "teste" ou forneça dados sensíveis.
Ao clicar em links recebidos por e-mail, redes sociais ou SMS, a vítima é redirecionada para páginas falsas que capturam dados bancários. QR Codes também podem ser usados para direcionar o pagamento ao fraudador.
Criminosos anunciam produtos com preços atrativos em sites de aparência profissional. Após o pagamento via Pix, o produto nunca é entregue e o contato desaparece.
Em situações de violência física, as vítimas são obrigadas a fazer transferências instantâneas via Pix sob ameaça direta.
Embora os golpes estejam cada vez mais sofisticados, há uma série de medidas que consumidores podem adotar para se proteger:
Mensagens ou ligações que pressionam para uma ação rápida são comuns em fraudes. Sempre verifique a identidade do solicitante por outro canal de comunicação.
Nunca informe senhas, códigos de verificação, ou dados pessoais por telefone, e-mail ou mensagens de texto. Bancos nunca pedem essas informações.
Ative a verificação em duas etapas nos aplicativos bancários e dispositivos móveis. Essa camada extra de segurança dificulta o acesso indevido.
Muitos bancos oferecem a opção de desativar o Pix durante determinados horários (principalmente à noite), o que reduz o risco em situações de assalto.
Antes de confirmar qualquer transação, confira atentamente o nome da pessoa ou empresa que irá receber o valor. Se estiver diferente do esperado, cancele imediatamente.
Evite instalar apps fora das lojas oficiais (Google Play e App Store). Apps falsos podem capturar seus dados e redirecionar pagamentos.
Os bancos e fintechs também têm papel essencial na mitigação de fraudes. A implementação de sistemas de detecção comportamental, bloqueio automático de transações suspeitas e canais de suporte ao consumidor são fundamentais para proteger os usuários.
Além disso, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central permite o bloqueio e a devolução de valores em casos de fraude comprovada.
O Pix trouxe inúmeros benefícios para a economia brasileira e revolucionou a forma como fazemos pagamentos. No entanto, como toda inovação, também exige novos cuidados.
A conscientização é o primeiro passo para combater os crimes digitais. Ao adotar práticas de segurança e manter-se informado sobre as táticas utilizadas pelos golpistas, o consumidor tem condições de proteger seu patrimônio e utilizar o Pix com tranquilidade.
Pensem nisso e até a próxima!
Ana Alves
@anima.consult
emaildaanaalves@yahoo.com.br
Economista, Consultora, Professora e Palestrante