Maduro obteve mais de 5,15 milhões de votos (51,20%), segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo. O candidato opositor, Edmundo González Urrutia, teve 4,4 milhões de votos (44,2%). A diferença seria de 704 mil votos.
O resultado foi questionado pela oposição venezuelana e gerou manifestações no País. Cresceu o apelo internacional para uma transparência maior na contagem dos votos. "E vai cair, e vai cair, este governo vai cair!", gritavam milhares de manifestantes que foram às ruas da gigantesca favela de Petare, a maior de Caracas.
A militarizada Guarda Nacional dispersou várias delas com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Em alguns bairros, foram ouvidos tiros.
Após acessar cópias de 73% das atas eleitorais, a oposição afirmou que pode provar que houve fraude na apuração dos votos.
O Brasil saudou os resultados do pleito, mas informou esperar a publicação dos dados por mesa de votação. "Passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”, diz comunicado do Itamary.
Já o PT do presidente Lula foi direto, reconheceu a reeleição de Maduro e criticou sanções ao País. “Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais", diz nota.