O governo federal anunciou uma série de medidas para tentar conter a alta do preço dos alimentos. A divulgação ocorreu nesta quinta-feira (6), após uma reunião liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com a participação de empresários e entidades do setor alimentício.
As ações incluem a isenção da tarifa de importação para alguns itens como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. “O governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço", defendeu Alckmin.
Segundo o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a medida deverá passar pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) antes de entrar em vigor. "É questão de dias", explicou.
Além de Alckmin, o encontro contou com a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Mais cedo, Fávaro já havia anunciado outra reunião “preparatória” para discutir as possíveis propostas, antes do anúncio oficial.
Além de zerar as alíquotas, Alckmin disse que o Ministério da Agricultura vai acelerar a análise das questões fitossanitárias em relação a outros países que comercializam com o Brasil. "Às vezes, tem país que não pode vender para o Brasil, mas vai acelerar a análise dessa questão", explicou.
O vice-presidente também anunciou outras medidas, como estímulo e prioridade para a cesta básica no Plano Safra e fortalecimento dos estoques reguladores pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
Foi anunciado, ainda, uma aceleração no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) como tentativa de baixar os preços dos alimentos, uma das principais preocupações do governo federal no momento.
"O Ministério da Agricultura já passou de 300 para 1.500 de Sisbs. A meta é chegar em 3 mil", declarou Alckmin. Esse sistema funciona como uma espécie de municipalização da inspeção, descentralizando o trabalho e acelerando as inspeções. O vice-presidente mencionou produtos como leite e mel entre os prováveis envolvidos nessa ampliação.
Alckmin disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou uma série de medidas sobre o tema, e os anúncios desta quinta seriam apenas o primeiro pacote.