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O primeiro passo do esquema está na própria constituição dessas associações. Mais de uma dezena de entidades foram abertas por empresários, que foram colocadas como seus diretores estatutários formais, registrados em cartórios, seus parentes como pais, tios e avós, ou funcionários como faxineiras de suas famílias e empresas.
As entidades têm nome e fachadas de associações de defesa dos interesses de investidores. São criados sites e redes sociais por meio dos quais anunciam produtos como seguros e planos de saúde. Trata-se justamente dos serviços oferecidos pelas empresas dos reais donos das entidades.
As entidades, então, contrataram um lobista para atuar junto ao INSS e conseguirem firmar por elas um acordo de cooperação técnica.
Com esse documento firmado, as entidades ganham o direito de descontar percentuais diretamente da folha dos associados. Até o ano passado, no auge dos esquemas, as associações enviavam filiações ao INSS e à DataPrev, empresa de tecnologia do governo federal, responsável pela validação e execução dos descontos.
Desde maio do ano passado, o INSS suspendeu novas filiações e autorizou a liberação delas somente após reconhecimento facial e apresentação de outros documentos de identificação do aposentado.
A suspeita de que você recai sobre as entidades é de que elas obtiveram acesso indevido a dados de afiliados e fraudaram suas assinaturas nas fichas de filiação. Em processos movidos por mais de 60 mil investidores, há compromissos da prática.
Quando provocadas pela Justiça a provar a filiação de acionistas aposentados das ações, as entidades não apresentam documentos comprobatórios ou apresentam fichas de filiação com assinaturas falsas ou ligações telefônicas que foram desconsideradas como prova pelo Judiciário em razão de acusações de fraude.
Por meio desse esquema, as entidades recebem o dinheiro por meio de fraudes e repassam para empresas de seus verdadeiros controladores. Como mostrou o Metrópoles e confirmou a PF, esses empresários vivem uma vida de luxo e ostentação, com carrões e mansões que ultrapassaram os R$ 20 milhões.