O governo Lula (PT) ainda não reiniciou nenhuma das 3.783 mil obras de educação básica paradas em todo país após quase um ano do anúncio de um grande plano para destravar as construções e já em seu 2º ano de governo. O MEC comandado por Camilo Santana, não conseguiu fechar um único termo de compromisso com prefeituras para permitir a retomada, apesar de ser um ano eleitoral onde gestores precisam apresentar resultados para suas reeleições.
O Ceará, estado comandado pelo grupo político de Camilo, possui 275 obras de Educação, paradas. O Estado do Maranhão de Flávio Dino, é a federação com maior número de obras paradas, sendo 737 obras. Reiniciar obras paradas, sobretudo de creches, é uma promessa do presidente desde início do governo. Seis em cada dez obras paradas são de construções de escolas, mas há também quadras, coberturas, reformas e ampliações de salas de aula. Todas essas ações beneficiariam 741 mil alunos.
A construção de creches é um dos maiores desafios do país. Cerca de 2,3 milhões de crianças até 3 anos estão fora de creches por dificuldade de acesso, o equivalente a 20% do total da faixa etária, segundo levantamento do Movimento Todos Pela Educação. E é da educação infantil o maior volume de construções abandonadas. São 1.317 obras paradas nessa área, o equivalente a 35% do total. Essas quase 4.000 obras paradas, e que continuam abandonadas no governo Lula, estão em 1.664 municípios. Ao todo, 80% delas estão nas regiões Norte e Nordeste. Metade dos esqueletos de construções está em quatro estados: Maranhão, Pará, Bahia e Ceará – que foi governado por Camilo até 2022.