A morte do idoso foi constatada por volta das 15h20, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML), concluído na noite da última quarta (17), aponta que o óbito ocorreu entre 11h30 e 14h30 da terça, por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.
DINHEIRO SERIA PARA REFORMA DE GARAGEM
Durante os 15 anos que morava com a família da sobrinha, a saúde de Paulo Roberto teria se debilitado, apresentando dificuldade e locomoção, sendo necessário deixá-lo boa parte do dia em uma garagem no térreo da residência — onde havia uma cama simples, um vazo sanitário e outros poucos móveis.
"Ele [Paulo Roberto] era motorista de ônibus. Uma excelente pessoa, porém, tinha essa dificuldade na relação com álcool", acrescentou o irmão de Erika, Jairo Barbosa Nunes Júnior.
Sem piso no chão e revestimento nas paredes, os R$ 17 mil provenientes do empréstimo seriam usados para reformar o local e comprar móveis, além de uma cadeira de rodas, para o idoso, segundo os familiares. Eles também apresentaram um documento que indica que a entrada no crédito teria sido realizada em março.
O CASO
Na última terça-feira (16), Erika levou o tio, Paulo Roberto Braga, 68 anos, a uma agência bancária para tentar liberar um empréstimo de R$ 17 mil em nome do idoso. No entanto, funcionárias notaram que o homem não estava responsivo.
Paulo Roberto foi enterrado neste sábado (4) no Rio de Janeiro. A partir de um benefício da Prefeitura da cidade, voltado a pessoas que alegam não ter condições financeiras de arcar com os custos do processo, o sepultamento foi gratuito.
A defesa de Erika afirma que o caso é consequência de um “surto de um efeito colateral”, uma vez que ela, segundo a advogada, tem depressão e toma remédios controlados. O pedido de liberdade condicional da mulher alega que ela tem uma filha que necessita de cuidados especiais.