No último ano, a alta disseminação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) aumentou a demanda dos hospitais, principalmente do público infantil, sendo o principal responsável pelas gripes no primeiro semestre. As informações são da Rede Sentinela da Síndrome Gripal da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
O setor da Sesa analisou 7.368 amostras em 2023 para identificar quais os vírus mais afetaram a população no Estado. O VSR (2.619), o coronavírus (1.669) e o Rinovírus/Enterovírus humano (958) ficaram no topo da lista.
Ainda não foi divulgado o número de amostras analisadas neste ano, mas o Rinovírus/Enterovírus humano desperta mais atenção na análise feita entre janeiro e fevereiro deste ano.
Vigilância dos vírus respiratórios no Ceará em 2023
Monitoramento acontece para combater as principais doenças do tipo
A pesquisa acontece de forma amostral com coletas feitas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), postos de saúde e hospitais regionais, por exemplo. A Rede Sentinela possui, pelo menos, uma unidade em cada uma das cinco regiões do Estado, sendo formada por 14 pontos.
Pâmela Linhares, assessora técnica na vigilância epidemiológica pela Sesa, explica que o monitoramento atual aponta a maior proliferação do Rinovírus/Enterovírus humano.
"O que nós podemos prever é que nós já temos a identificação do vírus da influenza A, B (de maneira muito sutil), o vírus sincicial respiratório não está aparecendo e talvez a gente tenha uma grande identificação de Rinovírus/Enterovírus humano, que também está no seu período sazonal", detalha.